Se fizermos a seguinte analogia: A consciência não depende de tempo nem de espaço, então podemos dizer que a consciência é intemporal e alinear...
Habitamos um corpo que é energia. Se somos energia, somos compostos de partículas sub-atômicas, esta afirmação, de acordo com a física, porta-se de maneira errática quanto ao paradigma tempo-espaço. Assim, habitamos um corpo físico que, como a consciência, também não depende de tempo nem de espaço. Podemos concluir que estamos vivendo esse paradigma por mera condição conceitual. Deslocamo-nos linearmente e vivemos o tempo graças ao conceito restritivo-absolutista. Se mudássemos nossos conceitos existenciais, incorporando uma consciência que independe do corpo físico, certamente nossa manifestação nesse orbe seria mais proveitosa e livre. O limite seria nossa imaginação.
Libertando-nos da máquina que usamos sem nos preocuparmos com as limitações que nos cerca, teríamos mais liberdade de alçar vôos mais "longos", tendo oportunidade de visualizarmos uma manifestação um pouco mais "justa" do que a que vivemos. Acordando assim para seu próprio eu, a sua consciência; Não esta manifestada segundo as leis determinísticas da física clássica, mas a consciência suprema de cada ser, aquela que dirige o veículo e opina verdadeiramente sobre o certo e errado do absolutismo que a religiosidade criou ao longo dos tempos. Assim, adormecendo para a vida Neutoniana e acordando para a vida Quântica com possibilidades infinitas.
Se olharmos para dentro de nós mesmos, chegamos a uma idéia nada muito lógica, de que nada somos, nada temos, somos frutos de um pensamento puro e sublime de uma inteligência superior, que ao mesmo tempo (talvez) nos mantém como “marionetes”, presos a um túmulo, feito de carne e osso, túmulo esse que nos limita a enxergarmos o que se passa ao nosso redor, inertes a tudo que diz respeito a nossa existência.
Através desse paradoxo, partimos da seguinte conclusão, de alguma maneira não muito difícil de ser explicada filosoficamente: estamos todos interligados, consciências e partículas umas com as outras, exercendo e sofrendo influências devido a essa interligação existente.
E se somos interligados, podemos interferir na experiência de cada ser. Quando acordamos, criamos o nosso dia, e vivemos a vida inteira reprisando experiências e emoções já vividas. Como uma pequena unidade de carbono pode viver intensamente a vida, se ela vive toda a sua existência a repetir todas as suas próprias experiências? Para "viver intensamente" seria necessário criar novas experiências, criar um dia diferente, circunstâncias nada similares as já vividas anteriormente. Mas ainda, sim, vivemos a vida condicionados ao paradigma tempo-espaço.
A relatividade do tempo é algo fascinante. Albert Einstein se deslumbrava com as questões tempo-espaço. Mas há necessidade de enxergarmos não só com os olhos, mas com a mente, as questões corriqueiras e convencionais do dia-a-dia. O simples fato de pegarmos um ônibus ao meio-dia demonstra a intemporalidade.
Simples... Pense em duas atividades de uma hora cada. Uma hora no ônibus em horário de almoço, sentindo fome, cansado e suado. E uma hora almoçando com a esposa (o) e filhos, em completa harmonia.
Agora pergunto. Qual das atividades passará mais rápido? Um espertalhão lhe responderia que nenhuma, pois ambas as atividades duram uma hora. Mas se pensarmos um pouco, logo veremos que o almoço em família passou mais rápido do que a hora no ônibus. Pode até não parecer realmente que um dos tempos passaria mais rápido, só que inconscientemente passa. O tempo é relativo assim como o espaço também o é.
Sem saber quem somos e de onde viemos, o que nos resta é soltar a imaginação.
Sinto-me como um peixe fora d’água preso a um corpo que nem é meu e que mal sei cuidar. Às vezes penso que somos só energia plasmada e condensada nesse orbe e que não me encaixo em suas retas, curvas, pontos dimensionais que não se assemelham em nada as minhas curvas, pontos e retas. Penso que é só uma ilusão, mas ao olhar para o lado, percebo que há milhares de seres plasmados pela mesma energia que me dá forma e vida. Aí, passa por minha mente uma ponta de lucidez que me alerta que existo e tenho inúmeras obrigações.
Tentar ajustar a consciência ao paradigma tempo-espaço é o mesmo que tentar passar um elefante por um buraco de fechadura.
1 comentários:
Texto pensado pelo Professor Einstein Bruno. http://profeinstein10.blogspot.com
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