sexta-feira, 27 de abril de 2012

Adestramento dos animais racionais

          O cérebro humano é divido em dois sistemas (em qualquer relação). Em razão, ele é dividido entre consciência e inconsciência.; em lados, se divide em esquerdo e direito; em transmissão, divide-se em sinápses e neurônios. Assim como o cérebro, nossa existência em si, questiona-se entre ideia e matéria. Por conta da matéria, possuímos a "durabilidade existencial", nisso sentimos a necessidade de organização, exercitando e explorando o excencial: a memória.
          A memória é base do Estado de Natureza e Civíl humano. Uma prova de que ela é uma base princípia está no Censo Comum, onde idealizamos qualquer coisa no simples ato de ouvir sobre ela. No então, obviamente, se não houvesse a memória, todas as manhãs você iria acordar em meio de um caos total onde, inclusive, tudo seria sempre uma novidade.
          Suponhamos que seu cão está pulando em cima da sua porta, aponhando  as duas patas, fazendo com que ele fique em pé, você abre a porta e briga com ele culpando-o pelo incômodo. Após tal cena, você fecha a porta e vai dormir. No dia seguinte, ao se levantar da cama, percebe que seus móveis estão destruídos e seu cão dorme da cozinha. Ele não abriu a porta porque é racional e te imitou. Ao insistir em bater na porta, o cachorro bateu na fechadura e a porta se abriu. A partir daí, ele repetirá essa ação quando quiser entrar em casa, pois esse esquema será  memorizado. Esse é o segredo do adestramento: a repetição, usufruindo-se da capacidade de memorização.
          O fato, em si, está sendo brutalmente aproveitado pelos meios de informação instantânea, com a intenção de construir/manipular uma "identidade social" em grande massa. Nossa sorte, perante a futilidade, é que a memória é dividida em "Temporária" e "Permanente". Para uma informação ou ideia se fixar na memória é necessário, entre outras coisas, a repetição. No entanto, as futilidades são descartáveis, porém é necessário ter cuidado, pois há uma lei da fisiologia humana impossível de ser ignorada, onde é evidente que: qualquer informação capaz de causar um impacto emocional, automaticamente se fixará na memória permanente.
          Sem dúvida alguma, a memória constituiu, constitui e continuará constituindo o nosso tempo marcado pela natureza. O que não cabe a nós é tentarmos manipulá-la a ponto de desejar que ela nunca falhe, pois assim o mundo correria (mais ainda) contra si mesmo, destacando o déficit de oportunidades. Perante a essa nossa limitação (com sua importância maior que sua capacidade), percebemos que quando somos educados, não somos induzidos a pensar, mas sim adestrados a memorizar.

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