segunda-feira, 30 de abril de 2012

Amor?

          Uma das coisas que nos define a realidade como a conhecemos é a percepção de continuidade de tempo-espaço. Costumamos diferenciar o que é sonho do que é realidade quando estamos no estado de "consciência". A lógica linear e a percepção material, entre outras coisas, servem para que não nos percamos num universo quântico de possibilidades infinitas. Quando acordamos localizamo-nos, então, no "colapso da matéria" e não em ondas de possibilidades como acontece nos sonhos.
          No universo da matéria, ou quando estamos acordados a questão, a saber, é que absolutamente todos os cenários que vivenciamos dependem da decisão do olhar do observador. Este escolhe o que irá "colapsar" num evento material, ou seja, em algo físico. Tanto as ondas, que pelo olhar do observador organizam-se em eventos prováveis, como o colapso do arranjo das ondas (pré-realidade material) faz parte de atitudes altamente criativas das nossas mentes/consciência. Dentro dessa percepção, o consenso coletivo tem enorme responsabilidade para que a realidade física esteja como está.
          Mesmo que essa escolha seja sonambúlica ou inconsciente, ela está a todo tempo acontecendo e é poderosa. Somos todos co-responsáveis pelos eventos da nossa realidade, bem como pelo status físico do planeta. Estamos mentalmente ligados em um amplo processo criativo de manifestação. Se você, por acaso, não sabe o que quer, não está nem aí para nada ou mesmo nem se sente incomodo com o rumo das situações que presencia, é bem provável que seja mais uma consciência contaminada ajudando inconscientemente a fortalecer o "colapso" de um sonho que não é seu.
          Reiterando, se você não estiver convicto e alinhado consigo mesmo, existe a chance, quase certeira, de você estar infeliz vivendo um desvio de seu percurso por falta de atenção. Pode ser que nesse momento, sua vida não faça o menor sentido a você apenas pela falta de capacidade de encontrar-se com o seu centro interior, pela falta de conhecimento de como ler a si mesmo e acima de tudo de honrar-se. Uma das metas existenciais evolutivas da humanidade é o desenvolvimento deliberado do controle das nossas vidas, ou seja, a consciência sobre o que a nossa unidade maior (além do tempo) deseja manifestar.
          Muitos direcionamentos podem nos oferecer o verdadeiro sentido da existência, porém, infelizmente, não é sempre que isso ocorre. Como sabemos, existem muitas imposições de metas e regras e, por vezes, é impossível discernir entre o certo e o errado (e o pior), entre o que julgamos ser correto, mas que não é o certo para nós. Por outro lado, há muitas possibilidades soltas por aí  e que para um bom observador, independentemente, pode servir como ingrediente de um "bolo" a ser feito. As mais diversas crises costumam acontecer quando não seguimos o aviso das reações químicas que pulsam, de maneira forte, o coração.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Adestramento dos animais racionais

          O cérebro humano é divido em dois sistemas (em qualquer relação). Em razão, ele é dividido entre consciência e inconsciência.; em lados, se divide em esquerdo e direito; em transmissão, divide-se em sinápses e neurônios. Assim como o cérebro, nossa existência em si, questiona-se entre ideia e matéria. Por conta da matéria, possuímos a "durabilidade existencial", nisso sentimos a necessidade de organização, exercitando e explorando o excencial: a memória.
          A memória é base do Estado de Natureza e Civíl humano. Uma prova de que ela é uma base princípia está no Censo Comum, onde idealizamos qualquer coisa no simples ato de ouvir sobre ela. No então, obviamente, se não houvesse a memória, todas as manhãs você iria acordar em meio de um caos total onde, inclusive, tudo seria sempre uma novidade.
          Suponhamos que seu cão está pulando em cima da sua porta, aponhando  as duas patas, fazendo com que ele fique em pé, você abre a porta e briga com ele culpando-o pelo incômodo. Após tal cena, você fecha a porta e vai dormir. No dia seguinte, ao se levantar da cama, percebe que seus móveis estão destruídos e seu cão dorme da cozinha. Ele não abriu a porta porque é racional e te imitou. Ao insistir em bater na porta, o cachorro bateu na fechadura e a porta se abriu. A partir daí, ele repetirá essa ação quando quiser entrar em casa, pois esse esquema será  memorizado. Esse é o segredo do adestramento: a repetição, usufruindo-se da capacidade de memorização.
          O fato, em si, está sendo brutalmente aproveitado pelos meios de informação instantânea, com a intenção de construir/manipular uma "identidade social" em grande massa. Nossa sorte, perante a futilidade, é que a memória é dividida em "Temporária" e "Permanente". Para uma informação ou ideia se fixar na memória é necessário, entre outras coisas, a repetição. No entanto, as futilidades são descartáveis, porém é necessário ter cuidado, pois há uma lei da fisiologia humana impossível de ser ignorada, onde é evidente que: qualquer informação capaz de causar um impacto emocional, automaticamente se fixará na memória permanente.
          Sem dúvida alguma, a memória constituiu, constitui e continuará constituindo o nosso tempo marcado pela natureza. O que não cabe a nós é tentarmos manipulá-la a ponto de desejar que ela nunca falhe, pois assim o mundo correria (mais ainda) contra si mesmo, destacando o déficit de oportunidades. Perante a essa nossa limitação (com sua importância maior que sua capacidade), percebemos que quando somos educados, não somos induzidos a pensar, mas sim adestrados a memorizar.

[...]

          O fato de que tudo acontece a todo tempo é incompreensível. Mais incompreensível é a nossa vez de nada fazer e tudo continuar a acontecer. Todo momento, vem em minha cabeça a impressão de que as oportunidades e os sentidos sem razão, vagam entre o Tudo, como sinápses-extradimensionais. Motivos de motivos, as vezes, brotam de uma raiz ideal, transformando a "impressão da razão" somente em impressão. Mas, independente se trata do mundo de dentro ou do mundo de fora em qualquer animal pensante, nenhuma ideia é satisfatória, pois é levada com as ações ao infinito e, o infinito não conseguimos dominar/compreender.
          E assim vive a Vida: através da Natureza, ramificando-se em espécies, com mais nenhuma outra importância a não ser de marcar o Tempo. E ainda, as vezes, achamos que somos importantes.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

08:34am

          Então, isso somos eu: ridículo e pseudo-deduzente. Então, isso sou eu: dimensurável e ninguém. E então, isso é você: indimensurável e alguém, em mim.
          Então, mais uma vez estou sendo eu... Esta é a temporada em que esqueço-me das dúvidas e percebo o infinito, mesmo sem compreende-lo. Este é o mês em que não sinto fome e sono. Este é o dia em que literalmente sinto. Esse é o dia em que me "desleixo" e esqueço do espaço-tempo. Esta foi a hora em que eu não quis olhar. Este é o segundo em que entendi o ódio que tenho pela vida descartável. Esse é o segundo em que estou olhando.
          Então, em qualquer outro universo, isso pode haver sentido? Por que, nessa curva do espaço, as situações o acompanha? É aqui que tudo acaba-se sem respostas, no infinito. É nisso quem tudo se acaba sem respostas, naquele infinito, naquela parte mental onde engrandecemos a tal pessoa, naquela onde não posso mais ousar a tentar deduzir.
          Então, isso é loucura, não me parece razão. Não sei como é desse lado, eu não sei o que vou ver. Me sinto estranho, é algo que não sai da minha cabeça. Eu não conseguiria viver com isso. "Isso" é me desconstruir? O sol, hoje, não é energia. O sol, agora, não se passa de um relógio. A religião, no sol, hoje, torna-se indiscutível.
          Somos tão jovens e, só eu não tenho compromisso com o compromisso. Eu entendo (quero entender). O sentido desse sentimento vai (tem que) passar... Eu devo estar louco.
          Sinto, com verdade, o tempo correndo contra mim, pois a falta já me faz.

terça-feira, 17 de abril de 2012

O pensamento de Si

          Criamos sensações falsas em cima de nossas conclusões precipitadas. O hábito nos dá uma impressão de sentido. A impressão vem antes da ideia, fazendo assim, os homens que usam o simples hábito como decisão, ignorantes por motivo de faltas.
           A razão possui uma espécie de lente/filtro com a função de dar sentido ao o que os olhos videiam . As respostas estão além de onde a razão pode chegar, mesmo contando com que a razão não possui limites para conhecer, diferente da realidade. A realidade nos escapa; o colapso de não podermos acompanhar todo o meio em nossa volta por conta da intervenção do tempo, nos torna inferior a ele. Nisso, percebe-se que as respostas estão além do infinitismo das dimensões temporais. A única criatura capaz de aproximar-se da ideia verdadeira e absoluta é a Potência material/ideal e não uma ramificação divida em Atos de cada lugar do espaço-tempo.
          É extremamente compatível às sinapses neurotransmissoras. Vivemos no universo possante dessa atual realidade de tempo, que em tal pensamento é justo chama-la de "Divisão", pois em situações de diferentes ideias se passa um tempo diferente e distinto do outro, sendo tudo dividido pelo meio tempo/termo que é denominado como razão.  A transformação e mecanização da ideia se resume em "Ação", onde, talvez por conta de tal fato, homens se eternizam em pensamentos de outros homens mesmo depois do fim carnal. A ideia, obviamente, tem a função de idealizar a matéria e supor o abstrato, dando assim, continuação ao módulo do tempo. Como por exemplo, esta ideia só está sendo transmitida em meio desse idioma porque um cérebro idealizou-o; se escrevemos, é em razão de uma ideia que formou a caneta transformando Potências em Atos mecanizando toda essa ação, usando diferentes elementos e os transformando em uma só matéria, que no caso é a caneta constituída pela tinta, o plástico cilíndrico  que envolve a tinta e, em volta outro plástico cilíndrico mais sólido que o interno, com a função de proteger, juntamente com a tampa.
          Imagine todas as ações do universo sendo invertidas com o tempo e o Big Bang, até que toda a matéria universal fique menor que um próton. Para que tudo se iniciasse com a primeira ação do universo seria necessário uma ideia. Essa tal ideia, idealizou ações que são dependentes de descobertas de inúmeras outras ideias ramificadas entre si. Resumindo, essa primeira e pura ideia idealizou algo capaz de idealizar outro algo que idealize outra matéria idealizadora, ou seja,  essa ideia superior idealizou e acionou os homens, já eles não possuem a capacidade de idealizar e acionar algo que também faça o mesmo processo. Isso torna a nossa ideia, presa à carne, uma  ideia inferior a energia acionadora por trás do limite infinito dos universos ramificados desta. Essa ideia, no meio tempo/termo entre os multiversos, pode-se assim ser justamente chamada de Sinapse-Dimensional, sendo ela inigualável, o puro Estado Natural, verdade absoluta, indivisível e superior. Em meio de tudo, até então, não há dúvidas de que há uma existência superior a existência humana, porém, essa energia não é compatível com nenhuma outra, sendo ela, assim,  o Nada preenchido pelo Tudo, criando-se da Inspiração verdadeira.
          De nada adiantaria uma criatura sem crença questionar e argumentar sobre o que ele supostamente não acredita. Da mesma forma, não há sentido em uma criatura sustentada por crenças encima de outro ser "idealizado materialmente", que opta por fazer "justiça" com suas próprias ações. A razão é que não há uma razão. Em meio de tudo, o ser finito por instinto, busca um modo de encaixar-se sempre a última ideia, evitando um colapso existencial e chamando-a de Espiritualismo. Tal ideia é uma recusa à que a vida se esgote em sua materialidade, numa existência que tem sentido em si mesma. Nisso, a espiritualidade ativa a emoção de impressão de hereditariedade de caráter sub-temporal; matérias interligadas cosmicamente em infinitas dimensões de tempo, lugares e ações. Em cada ramificação de universos de elementos, ideias presas materialmente ligam-se entre si, necessitando-as e criando a Ética.
          Não há ser algum sem ética, outros possuem éticas contrárias umas das outras. Moral é uma prática de uma ética. Ética é o princípio e a moral é a ação. Procurando na razão da incerteza uma forma de mecanizar toda a ação da ética e de reais precisões humanas desde o Estado de Natureza, forma-se a praticidade  onde, então, a meta universal-racional temporal é aproximar-se da perfeição através da prática. O prático nem sempre se faz certo, pois dele vem a emoção de insanidade e, da insanidade vem a perda de tempos-métodos divididos em uma certa meta carnal.
         Tudo dito, até então, se "engloba" à Vida, que é simplesmente/complexamente o conjunto de  misturas de reações químicas, estruturando sinapses em meio a carne, fazendo assim que a existência material questione a si mesma. Neste momento, na dimensão deste texto, o Tempo destrói a vida ironicamente através da Evolução.
          Partindo da superioridade do tempo, conclui-se que há para cada matéria uma anti-matéria. Fazendo assim (na a dimensão de tal texto) o Volume, a Altura e o Comprimento manipuláveis pela ação de  toda a Vida, que evolui de acordo com a distorção do Tempo perante a matéria. A matéria ligada ao Tempo, nunca se criará ou acabará a partir do vácuo, apenas se transformará dando continuidade na evolução do Tempo. A ideia se cria de si... A inspirarão real/inconsciente independentemente de ramificações espaço-temporais, terá o mesmo princípio: o nada. O nada do princípio sub-consciente é o Nada Individual, tal abstrato não se criou, porém já se estruturou; (Incompreensível a partir de carnes presas em 4 dimensões, mas não deixando de ser simples como em quaisquer outras dimensões). A Anti-matéria, livre da barreira temporal, faz o abstrato não material "transportar-se" e fixar-se em uma tal matéria. Concluindo, a partir tal referencial: a Ideia é uma Anti-matéria se transpondo em ramificações temporais variando de matéria em matéria, variando sua pureza de acordo com interferências dimensionais, pois ela é um ato da Sinapse-Dimensional.
          Não... Talvez, consciências que não se contentam ao simples e indomável fim da existência material, buscam viver em função da dúvida, com a "esfomeada" intenção de idealizar um conforto em tudo. Como todos nós: a Natureza, nessa dimensão, com a real função de apenas fixar marcas do passado, no presente, para o futuro.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

PARADOXO EXISTENCIAL

Se fizermos a seguinte analogia: A consciência não depende de tempo nem de espaço, então podemos dizer que a consciência é intemporal e alinear...
Habitamos um corpo que é energia. Se somos energia, somos compostos de partículas sub-atômicas, esta afirmação, de acordo com a física, porta-se de maneira errática quanto ao paradigma tempo-espaço. Assim, habitamos um corpo físico que, como a consciência, também não depende de tempo nem de espaço. Podemos concluir que estamos vivendo esse paradigma por mera condição conceitual. Deslocamo-nos linearmente e vivemos o tempo graças ao conceito restritivo-absolutista. Se mudássemos nossos conceitos existenciais, incorporando uma consciência que independe do corpo físico, certamente nossa manifestação nesse orbe seria mais proveitosa e livre. O limite seria nossa imaginação.
Libertando-nos da máquina que usamos sem nos preocuparmos com as limitações que nos cerca, teríamos mais liberdade de alçar vôos mais "longos", tendo oportunidade de visualizarmos uma manifestação um pouco mais "justa" do que a que vivemos. Acordando assim para seu próprio eu, a sua consciência; Não esta manifestada segundo as leis determinísticas da física clássica, mas a consciência suprema de cada ser, aquela que dirige o veículo e opina verdadeiramente sobre o certo e errado do absolutismo que a religiosidade criou ao longo dos tempos. Assim, adormecendo para a vida Neutoniana e acordando para a vida Quântica com possibilidades infinitas.
Se olharmos para dentro de nós mesmos, chegamos a uma idéia nada muito lógica, de que nada somos, nada temos, somos frutos de um pensamento puro e sublime de uma inteligência superior, que ao mesmo tempo (talvez) nos mantém como “marionetes”, presos a um túmulo, feito de carne e osso, túmulo esse que nos limita a enxergarmos o que se passa ao nosso redor, inertes a tudo que diz respeito a nossa existência.
Através desse paradoxo, partimos da seguinte conclusão, de alguma maneira não muito difícil de ser explicada filosoficamente: estamos todos interligados, consciências e partículas umas com as outras, exercendo e sofrendo influências devido a essa interligação existente.
E se somos interligados, podemos interferir na experiência de cada ser. Quando acordamos, criamos o nosso dia, e vivemos a vida inteira reprisando experiências e emoções já vividas. Como uma pequena unidade de carbono pode viver intensamente a vida, se ela vive toda a sua existência a repetir todas as suas próprias experiências? Para "viver intensamente" seria necessário criar novas experiências, criar um dia diferente, circunstâncias nada similares as já vividas anteriormente. Mas ainda, sim, vivemos a vida condicionados ao paradigma tempo-espaço.
A relatividade do tempo é algo fascinante. Albert Einstein se deslumbrava com as questões tempo-espaço. Mas há necessidade de enxergarmos não só com os olhos, mas com a mente, as questões corriqueiras e convencionais do dia-a-dia. O simples fato de pegarmos um ônibus ao meio-dia demonstra a intemporalidade.
Simples... Pense em duas atividades de uma hora cada. Uma hora no ônibus em horário de almoço, sentindo fome, cansado e suado. E uma hora almoçando com a esposa (o) e filhos, em completa harmonia.
Agora pergunto. Qual das atividades passará mais rápido? Um espertalhão lhe responderia que nenhuma, pois ambas as atividades duram uma hora. Mas se pensarmos um pouco, logo veremos que o almoço em família passou mais rápido do que a hora no ônibus. Pode até não parecer realmente que um dos tempos passaria mais rápido, só que inconscientemente passa. O tempo é relativo assim como o espaço também o é.
Sem saber quem somos e de onde viemos, o que nos resta é soltar a imaginação.
Sinto-me como um peixe fora d’água preso a um corpo que nem é meu e que mal sei cuidar. Às vezes penso que somos só energia plasmada e condensada nesse orbe e que não me encaixo em suas retas, curvas, pontos dimensionais que não se assemelham em nada as minhas curvas, pontos e retas. Penso que é só uma ilusão, mas ao olhar para o lado, percebo que há milhares de seres plasmados pela mesma energia que me dá forma e vida. Aí, passa por minha mente uma ponta de lucidez que me alerta que existo e tenho inúmeras obrigações.  
                   Tentar ajustar a consciência ao paradigma tempo-espaço é o mesmo que tentar passar um elefante por um buraco de fechadura.