quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ligação existencial covalente dativa

          Sempre tudo está de onde começou, para podermos dizer onde tudo começou...
          A artéria pulmonar se desgasta e acaba pelo portal do tempo, porém, enquanto presente, se faz assim como foi feita e vem e vai de onde saiu. Essa talvez não seja a metáfora de como a existência é perecível  enquanto carne, mas talvez de como o lirismo, em vida, torna a vida perecível enquanto carne. Pois hoje, nem eu, nem ninguém, vê como "ousadia" nomear o Tempo como Experiência. Mas, talvez, o "talvez real" seja o de reconhecer o quanto pensar dessa forma e sequência seja rude ou desnecessário, perante a complexa simplicidade.
          É compreensível que um grande ator da existência não saiba mais à qual cenário trabalhar, após ter  assumido um único papel em vários gêneros. Só não é compreensível, de tal para tal, o quanto "ser um"  internamente, é ser vários, sendo o seu próprio "todos", externamente. A mudança de clima energético, para o ator, é como a ação do diretor dando uma cortada de desaprovação na cena, frustrando-o, pois havia feito o melhor dos seus melhores em sua atuação [...] O ator, neste momento, até havia nomeado sua melhor atuação como  "Presente Eterno". Mas a obrigatória mudança atemporal climática, como teste e prova de fogo, transforma, sem pedir permissão, o "Presente Eterno" em "Passado Eterno", assim consumindo, com a cena original do "Presente Eterno", todo o presente do passado, para o futuro.
          Para um grande figurante da existência, ele é um cozinheiro com a receita em mãos.
          Para um grande ator da existência, o grande figurante da existência é um exemplo de Sentido (de direção e significado). É admirável como o ator não é capaz de compreender uma vírgula enquanto lê a simples receita da existência, portada pelo figurante. Por isso o ator, enquanto carne, talvez seja um  Ser atrasado, por tamanha complexidade em seu olhos [...] Olhos famintos de fotorrecepção das simples ações do simples cozinheiro.
          Observar: talvez esse seja o castigo e a salvação.
          

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Convencimento soa desabafo agressivo

          Como o ceticismo deposita fé em si mesmo? Ele se convence trabalhando com os fatos. Mas os fatos científicos são as principias e puras Potências de todos os Atos? Usando a razão da certeza, a ciência afirma que não há consequência sem causa, porém, em tal razão, o universo se iniciou de um nada e o portal luminoso do tempo foi um suposto acidente universal. A Razão tem, consequentemente, o presente como limite de sabedoria, porém, como humanos, sabemos do nosso fim animal. E? [...]
          Vivemos (obviamente) a vida através de procuras; Através de procuras inquietas ou quietas, mas nunca ao ponto de congelar, conscientemente, o tempo. Em consequência disso, reagimos aos desejos independentemente  de suas ramificações mundanas ou intensidade. Até quem, "em fim", damos ou encontramos o certo sentido em nossas vidas.
          Sem "perda de tempo", nos especializamos em tais ramificações que, nas quais, identificamos a nossa Identidade Pessoal, dedicando toda nossa existência à ela. Até onde seriamos capazes de dedicas nossas vidas para nossas próprias vidas? Até a morte.
          Por conta de tais fatos, percebemos que estamos vivos para morrermos e que, obviamente/consequentemente morreremos para que se inicia outras futuras vidas. Erradicando tal ideia, é perceptível que a morte não só autoriza, como controla a vida. Pois nós, animais pensantes e os não pensantes, vivemos por algo que pelo qual morreríamos.
          "Humanamente" falando: um músico morreria por suas músicas e seus dons, um pai morreria por seus filhos, um biólogo morreria pelo estudo da vida [...] - Realmente morreríamos por nossas vidas! - Pela paixão ou não, morrer é inevitável... Nisso podemos concluir que a morte é uma força (não "medida N, mas em "vida"), assim, consequentemente continuamos tal pensamento (sobre Força) lembrando que, fisicamente dizendo, a Força se trata de transferência de energia; Tal afirmação se torna óbvia quando analizamos o fato de que nossa matéria corpórea orgânica, será naturalmente transferida de volta ao ciclo deste planeta (outra vez), após a morte.
          Suas poderosas e misteriosas ideias não são da mesma frequência que as de outro animal humano, por isso é um equívoco compará-las a algo mundano não material, como, por exemplo, o instinto.
          Como de presente, deixo-te tal indagação: Para onde vai a energia de suas enraizadas, puras e líricas ideias após o processo de transferência da morte? Sua morte, então, seria o fim do seu, não mundano, Eu? Qual o peso de sua conclusão e de tal pensamento, saindo de uma voz humana?